Inauguração do Projeto de Grãos do TESC
Inauguração do Projeto de Grãos do TESC
O Terminal Portuário Santa Catarina (TESC), localizado no Porto de São Francisco do Sul (SC), está iniciando uma nova fase de suas operações.
A empresa inaugurou, nesta quinta-feira (25/5) um berço de atracação com estrutura dedicada à movimentação de grãos como soja e milho que, nos próximos anos, tende a se tornar o principal vetor de resultados para a companhia.
“O timing foi perfeito. Um timing absolutamente necessário para novos investimentos em logística”, disse, durante a cerimônia de inauguração, Frederico Humberg, presidente do Conselho de Administração do TESC e CEO da Agribrasil, trading de grãos que é a principal acionista do terminal. “O Brasil precisa dessa saída adicional, porque essa safra está aí e vai acabar ficando retida no interior”, acrescentou.
Construído em 18 meses, o local tem estrutura para movimentar 2,5 milhões de toneladas por ano. O pátio de triagem tem 160 vagas, com espaço para classificação de produtos e cadastramento de acesso. A estrutura de recebimento tem dois tombadores para caminhões de até 30 metros e capacidade de 10 mil toneladas por dia.
A capacidade estática de armazenagem é de 90 mil toneladas de grãos, distribuída em três silos. E o sistema de embarque pode movimentar até 2 mil toneladas por hora, carregando navios de classe Panamax, que transportam até 70 mil toneladas de soja.
“É o único dos três berços do TESC dedicado a grãos. Deve ser a carga mais relevante no plano de negócios da companhia”, afirma o diretor presidente do TESC, Paulo Capriolli. “É um mercado muito forte no Brasil, o sul do Brasil é muito forte nisso e carente de investimentos”, acrescenta.
O TESC é arrendatário no porto de São Francisco do Sul, operando uma estrutura privada dentro da área pública. Começou as atividades em 1996, com madeira. Depois, diversificou para outras cargas, como produtos de siderurgia e fertilizantes. Em 2003, começou a movimentar contêineres, realizando, entre 2007 e 2010, investimentos para atender a demanda por navios maiores.
Mas acabou tendo que deixar o segmento. Paulo Capriolli explica que uma mudança na legislação, feita em 2013, abriu a possibilidade de se construir terminais especializados. Com estruturas maiores, as operações de contêiner acabaram migrando para os portos de Itapoá e Navegantes. A última movimentação desse tipo no TESC foi em 2016.
“Começaram as ser feitos investimentos fortes em grandes terminais portuários de contêiner e tínhamos limitação de área para essa modelagem de negócio. Fizemos o investimento e perdemos. Então, tivemos que fazer todo um trabalho de reestruturação”, relembra.